Amigos

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. (...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. (...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. (...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pessoas

Os dias passam, as noites passam e as pessoas muitas vezes também passam, e nós buscando por desculpas para justificar nossas atitudes frente ao afastamento uns dos outros. A correria do dia a dia, tô trabalhando direto, ele não me entende, estou sem tempo, ela não sabe quem sou, e assim por diante. O tempo passa e um dia você acorda e percebe que aquela pessoa já não está mais lá, por algum motivo se afastou. Seria por vontade própria e temporariamente ou sem querer e para sempre? Sem respostas mais uma vez. Aí você se dá conta de que a memória as vezes é injusta, pois você começa a reviver situações e momentos compartilhados com quem te deixou, momentos que um dia te trouxeram alegrias e hoje te impedem de sorrir. Isso acontece e não é que não percebemos, lá no fundo não queremos perceber, porque somos os senhores das desculpas, do "deixa pra depois" e a vida vai seguindo e quem realmente ficou para trás foi você. E mais uma vez a gente descobre que o mais importante nas nossas vidas são as pessoas que moram no nosso coração. E mesmo assim acabamos colocando nossos valores em objetos. Quando iremos aprender, ou melhor, quando iremos admitir que sabemos disso? E que sabemos que não somos objetos que podem ser tirados dos seus lugares, usados e colocados novamente no esquecimento apenas para juntar poeira?

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