Amigos

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. (...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. (...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. (...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Relacionamento entre pais e filhos

Falando ainda da pré-adolescência... Acredito que parte do relacionamento entre pais e filhos começa a ficar "agitado" quando o clube do Bolinha (no qual meninas não entram) finalmente acaba, promovendo a integração entre meninas e meninos, e o "abalo" e distanciamento entre pais e filhos. Agora eles não querem a presença tão frequente dos pais como antes, aquele beijo de despedida no portão da escola pode ser recusado e outras manifestações de afeto dos pais para com os filhos passa a ser vista algumas vezes de forma negativa, pois como mencionei no outro post, os pré-adolescentes nessa preparação para a fase da adolescência se deparam, se chocam e nos assustam com as muitas transformações que acontecem. Você deve estar dizendo que essa será uma fase difícil. Sim e não, depende de como lidamos com cada situação e do quanto estamos preparados para ouvir e orientar nossos filhos.
Sabe aquele argumento que a gente usa com as crianças de que não pode, simplesmente porque não pode? Bom, já é um argumento vazio para uma criança de quatro anos, imagina quando se tem 11 anos? Precisamos criar o hábito de responder as perguntas de forma lógica, coerente, e você vai precisar de muito jogo de cintura para entender e se fazer entender, ou tentar falar a mesma linguagem de seu filho.
Roupas, piercings, tatuagens, sexo, drogas, ídolos, baladas e afins...tudo vai "borbulhar" nos pensamentos e na imaginação de nossos filhos, por isso devemos estar atentos, enfrentar as mudanças de forma responsável, não perder o controle impondo limites demais e se fechando para o diálogo, não deixar que os filhos se sintam incompreendidos e com medo de conversar por achar que serão reprovados.
Então: Não deixe de se aproximar do universo de seu filho, aprenda sobre os gostos e interesses dele, fale sobre qualquer assunto sem ser "chato" ou "forçar a barra", seja simpático e bem-humorado com os amigos de seu filho, elogie quando ele fizer algo bom, pois não pode apenas os erros serem levados em conta, e converse com seu filho sempre que tiver a oportunidade, você pode ter certeza que a adolescência deixará de ser aquele "bicho de sete cabeças". E boa sorte para nós.

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