Amigos

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. (...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. (...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. (...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde

Páginas

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Entre filhos e filhos

Nós filhos crescemos imitando nossos pais, somos "adorados e paparicados", escutamos o não numa proporção muito inferior ao sim (quando bem pequenos), vamos aprendendo a fazer as coisas certas errando e sendo observados por "pais bobos" que nos olham com aquela cara de reprovação que sorri com os olhos e que não adianta de nada, porque vamos descobrindo todos os seus pontos fracos. Leva um tempo para que eles percebam que precisam nos dar limites, eu penso que nem eles sabem o momento certo, pois muitas vezes as coisas fogem do controle e os pais acabam sendo autoritários e nervosos, mas deve ser difícil mesmo essa parte de dar limites porque quando temos 1 ou 2 anos nossas necessidades são diferentes de quando temos 11 ou 12, e isso deve ser bem complicado para nossos pais. E assim vamos conseguindo "levar" os pais com os abraços, os beijos e os sorrisos, e enquanto acreditamos que tudo está sob controle as coisas vão seguindo a normalidade, até que surge o tão esperado NÃO, essa parte é ruim, dá raiva, os olhos não acreditam naquilo que estão vendo, a vontade de fazer de conta que não ouviu é grande e o mal humor é certo, e nem adianta vir com aquelas intermináveis horas de conversa porque não entendemos a linguagem alienígena dos pais, então vamos poupar os constrangimentos e ir para o quarto "de castigo" para "pensar" sobre o que teria feito de errado.
"Pensar o que fez de errado? Nunca! Nós filhos, principalmente adolescentes, não erramos, são os pais que erram!" E DURANTE MUITO TEMPO VAMOS ACREDITANDO NESSA MENTIRA. Adolescentes costumam ditar suas próprias regras, esquecer que existe alguém por perto (os pais) para dar apoio, ser amigo e alertar quando for necessário, alguém que já viveu praticamente todas as experiências que eles estão provando hoje, que também encontrou dificuldades para conversar e dividir ideias com seus pais, mas que acima de tudo são pais, querem o nosso bem e nos amam. E adolescente erra sim, numa proporção igual ao número de NÃO que recebe dos pais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário