Amigos

“Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. (...) Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. (...) Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. (...) Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto: e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Espaço 115 do Mercado


Quando acordei essa manhã não imaginava o quanto cansativo seria esse dia. Outra ida ao banco, outro extrato e mais uma carta, e o que levaria menos de uma hora para ficar pronto levou quase o dia todo (burocracia), sem esquecer que para ter o esperado autográfo (assinatura) e o carimbo do gerente foi preciso negar um título de capitalização, uma aplicação financeira, seguros e "similares", tudo isso por uma mísera assinatura e carimbo no extrato bancário. Bom, eles tentam! Então, aproveitei que teria um dia inteiro de espera e saí para almoçar e caminhar no centro de Porto Alegre, programa de índio, mas divertido por incrível que pareça. Precisava literalmente matar o tempo, pois iria esperar no mínimo duas horas para assim depois voltar ao banco e sabe lá quanto tempo mais esperar.
Gente, loja, barulho e gente de novo, e barulho e mais gente, se fosse um tempo atrás eu não suportaria esse "tumulto"... Parei pra almoçar (peixe, já estava com saudade) e foi no espaço 115 que encontrei um bando de gente doida, (e eu nem gosto disso, risos) aproveitei pra ficar observando, acho que estava mesmo era analisando todas aquelas pessoas que entravam e saíam. E sabe o que descobri? Existe muita gente nesse "mundão de Deus"! E nenhuma igual a outra.
Pessoas serias, outras "carrancudas", muitas alegres, algumas arrogantes, pessoas simples acostumadas com aquela rotina diária de atravessar o centro de Porto Alegre para trabalhar, estudar, fazer compras, "ir ao banco" ou simplesmente acompanhar outras pessoas... Fiquei surpresa com algumas situações que vi, por exemplo, as pessoas já eram conhecidas do dono do bar, da moça da cozinha e dos garçons, isso por incrível que pareça está cada vez mais raro. Lembrei de quando trabalhava no bar de um tio, era exatamente assim...
Bom, comi meu peixe bem tranquila e mais de uma hora depois voltei ao banco. Entre o Espaço 115 e o banco, encontrei o Gustavo, um rapaz que estava na praça da Alfândega parando algumas pessoas para falar sobre o aquecimento global, nessas horas o lado teacher fala sempre mais alto, e depois eu ainda tinha tempo, então vamos as causas e consequências do aquecimento global...
Depois da "aula", aí sim, o banco. Tudo ok, documentos em mãos, agora atravesso o centro novamente, mas dessa vez em direção a minha casa.



"O Espaço 115 fica no Mercado
Público

de Porto Alegre, nesse momento o
Espaço 115 e o Mercado fecham suas portas e
adormecem..."
BOA NOITE!

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